Djair de Jesus tinha 16 anos quando foi morto por agentes da Polícia Militar da Bahia em 2008. Cinthia Magalhães também tinha 16 anos quando foi sequestrada, violentada e morta na periferia de Manaus em 2004. E o mártir da Campanha Reaja!, Clodoaldo Souza, tinha 23 anos quando foi assassinado por grupos paramilitares na Bahia em 2007.
ESTES FORAM ALGUNS RELATADOS NO NORTE E NORDESTE. A SUTUAÇÃO POR OUTRAS REGIÕES DO BRASIL NÃO É NADA DIFERENTE. A CADA DIA JOVENS SÃO HUMILHADOS, AGREDIDOS E ASSASSINADOS EM NOSSO BRASIL. VIOLENTADOS POR ADULTOS, JOVENS, POLICIAIS ENTRE OUTROS, É PRECISO TRABALHAR EM PROL DE MUDANÇAS NESTA NOSSA REALIDADE.
Foi pensando em mudar esse quadro de violência contra os jovens que o Seminário Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil, reuniu neste final em São Paulo, lideranças juvenis do país inteiro para discutir temas que visam acabar com a violência contra a juventude. Na ocasião, também foram pensadas ações em prol dos negros, mulheres, pobres e homossexuais. O evento aconteceu de 29 a 31 de Maio.
Para fortalecer a discussão estiveram presentes representantes das Pastorais da Juventude do Brasil, do Setor da Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, da Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, da Associação de Familiares e Amigos e Amigas dos Prisioneiros e Prisioneiras do Estado da Bahia (ASFAP-BA), entre outros.
O intuito do Seminário foi planejar a "Campanha Nacional contra o extermínio da Juventude", surgida através da 15ª Assembleia Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil, baseada no lema: "Juventude em Marcha contra a violência".
De acordo com a coordenação do evento, um dos objetivos do encontro foi fazer com que a sociedade pense alternativas para amenizar o alto índice de violência. "Denunciar a situação e exigir rapidez nas ações por parte do Estado", enfatiza a coordenação.
"Reafirmamos nosso compromisso com a vida da juventude, assumindo o desafio de colaborar com a construção da cultura da paz e denunciando as estruturas sociais que geram morte e violência. Nos inspiramos na mística revolucionária dos mártires da América Latina e do mundo, renovamos o compromisso com a dignidade humana, fortalecemos a esperança de um outro mundo possível e afirmamos que toda a vida tem o mesmo valor", declara a Carta de Guararema, redigida pelas Pastorais da Juventude do Brasil ao final do encontro.
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