sábado, 5 de dezembro de 2009

Ontem vi na TV um comercial... Para não variar, como é dezembro, o comercial envolvia Papai Noel e antes da 'sensura', a mais ilustre participante do Top Five do CQC, Maísa a "mini-petiz" de Marcelo Taz.
Papai Noel estando com Maísa no colo mostra a ela cartões de Natal... e Maísa, como boa garota propaganda, leva a história pra outro tipo de cartão... Mostra ao nada bom velhinho o cartão da rede de lojas da propaganda que não vou dizer pra não fazer o "merchan". A mensagem é delicadamente explícita... Cartões de Natal são a coisa mais idiota que já inventaram... Cartões de Crédito sim, são úteis lucrativas invenções!
Jamais presenteie com cartões de Natal. Use o cartão de crédito, compre em 8 x fixas começe a pargar em março, endivide-se, compre à reveria, e presenteie exatamente como manda o mercado, sem a singeleza da escolha de boas palavras para complementar o cartão de Natal, produzido em série e baratinho!
Nessas e em tantas outras horas deste tempo natalino é que faz cada vez mais sentido a profissão de fé que professo, que insistentemente luto para apresentar a tantas pessoas que vem conhecendo uma perniciosa fé que prosperidades teológicas e neopentecostais apresentam.
Agora neste tempo de Advento, que esperamos por aquele que há de vir, faz o maior sentido a metáfora (verdade na verdade) em Lucas 21... No versículo 34, "Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós". Nestes tempos leio gula e embriaguez de forma metafórica. A gula não remetendo-se exatamente ao seu sentido conhecido, ao pecado capital... mas à mania que temos de acumular, falsamente partilhar durante o dezembro... quanto à embriaguêz, tomemos cuidado para não entrarmos na onda do mercado, não ficarmos entorpecidos pelas inúmeras promoções, facilidades e prazos extensos oferecidos pelo mercado que cada dia embriaga, inebria, entontece e entorpece muitos de nós Cristãos, levando-nos a negar a simplicidade e Verdade anunciada com o Nascimento de Cristo.
Libertemo-nos disso, Amém!

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