domingo, 16 de maio de 2010

O coronel é lobisomem!

Há tempos pensei em postar alguma coisa sobre um 'fenômeno' que dizem ter sido muito presente no nosso Brasil do século XIX e fins do século XX, o Coronelismo.
Ahh mas para que memorar o passado? Não só porque este é um assunto que faz parte de um passado aviltante como também porque é presença forte nos dias atuais.

A enciclopédia Barça (com seus erros ortográficos e equívocos decobertos durante o ócio produtivo de meu saudoso pai) caracteriza o Coronelismo como "símbolo de autoritarismo e impunidade ... o coronelismo é um termo criado para designar certos hábitos políticos e sociais próprios do meio rural brasileiro, onde os grandes proprietários rurais, ditos coronéis, exerciam absoluto domínio sobre as pessoas que viviam em suas terras ou delas dependiam para sobreviver". E caro leitor que se pergunte, sim e daí?! Respondo, não estamos (em tese) numa zona rual, tampouco no século XIX e fins do XX, mas sem sombra alguma de dúvidas, estamos em meio a coronéis!

Na minha região OESTE de Goiânia falo especificamente de um coronel, que minha mãe pede-me insistentemente que eu não cite o nome, pois coronel é coronel...
O cara não é dono (juridicamente) de terras da região mas geralmente de forma autoritária, impunemente exerce seus poderes coagindo pessoas a quem deu certos poderes e privilégios ou perseguindo àquelas que chegaram em certos postos por méritos e que não acatam/obedecem as suas ordens.

É um coronel eleito [principalmente por favorecer pessoas para que nele votassem ou por coagir àqueles a quem já prestou favores (e quer que os favorecidos outrora, lhes sejam gratos para uma vida toda prestando apoio às suas candidaturas), e claro, por pessoas de boa e de má fé] atualmente para exercício no Poder Legislativo, mas que engana o povo contando histórias de que trás o progresso para nossa região com a construção de praças, parques, pavimentação e onde exerce ainda mais seu poder de coronel, escolas!

Nas escolas onde coloca pessoas para assumir cargos diretivos e de docência em sala de aula, manda e desmanda como quer! Se precisa abrir uma turma, mesmo que a escola não esteja preparada para tal, para fins eleitoreiros, abre... Se cismar que precisa por professores à disposição ou forçar suas remoções, acontece! Se precisar falsear dados, eleger alguém de sua confiança (em que termos imagine!), forjar declarações de prestação de serviços e coisas mais, tem nas mãos, as pessoas e a escola e o que precisar!

As eleições se aproximam novamente e caso o coronel resolva lançar-se candidato à Assembléia, Deus é que me cuide! Hoje fui a uma celebração que me relembrou o que assumi enquanto profissão de fé! A população precisa abrir os olhos, serei parte nisso!

Um comentário:

  1. O coronelismo companheira não deixou de existir apenas assumiu novas formas como o camaleão assume novas cores.
    Continue nos agraciando com os seus textos, concisos, objetivoe e provocativos.

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