HISTÓRIAS DE ESQUARTEJAMENTOS

Em 21 de abril de 1792, o 'desembargador' Francisco Luiz Alvares da Rocha, lavra a seguinte certidão:

“Francisco Luiz Álvares da Rocha, desembargador dos agravos da relação desta cidade e escrivão da comissão expedida contra os réus da conjuração formada em Minas Gerais: Certifico que o réu Joaquim José da Silva Xavier foi levado ao lugar da forca levantada no campo de São Domingos e nela padeceu morte natural, e lhe foi cortada a cabeça e o corpo dividido em quatro partes; e, do como assim passou na verdade, lavrei a presente certidão, e dou a minha fé." Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792.

O esquartejamento foi ao longo da história um método muito usado para executar, punir e dar exemplos em diversas situações. Tiradentes, Lampião e outros tiveram suas cabeças cortadas e foram esquartejados, tendo o primeiro, segundo a história, partes de seu corpo postos em praça pública, demonstrando aos demais que quem desafiava a ordem, poderia ter tal fim.

A imprensa noticiou ontem reportagem sobre o assassinato e esquartejamento do executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, que teria sido assassinado e esquartejado por sua esposa, Elise K. Matsunagam que confessou em depoimento ter matado com um tiro e esquartejado o marido. Longe de ser este um post sobre as motivações para o crime, a barbárie de cortar alguém em pedaços já é costume antigo, e não tão raro. A tentativa aqui, é registrar alguns casos de esquartejamento:

Ao final do mês de maio, o Canadá ficou estarrecido com o caso de um ex-ator (pornô) - não sei se faz diferença o detalhamento de que tipo de ator ele era! - Rocco Luka Magnotta, suspeito de ter matado e esquartejado e postado um vídeo na internet. Segundo testemunhas o vídeo "1 Lunatic 1 Ice Pick" - que de acordo com a Polícia de Montreal , foi retirado da rede - mostra detalhes do crime, desde o assassinato até o desmembramento do corpo. (http://www.hojeemdia.com.br/noticias/canada-horrorizado-com-caso-de-ex-ator-porno-acusado-de-esquartejamento-1.453422)

Há também, suposições ainda nada confirmadas relacionadas ao Caso Bruno, em que especulou-se que Elisa Samúdio, que mantinha um relacionamento com o goleiro, tenha sido assassinada, esquartejada e que partes de seu corpo tenham sido atiradas aos cães onde Elisa esteve em cativeiro. Embora haja ainda pouquíssimos esclarecimentos acerca do desaparecimento de Samúdio, nada ainda pode ser confirmado.

Diferentemente do caso Cara Burke, estudante inglesa assassinada e esquartejada em julho de 2008 pelo namorado, Mohamed D'Ali Carvalho. De acordo com a polícia, Cara foi decapitada, parte de seu corpo (tronco) estava dentro de uma mala às margens de um rio, próximo a BR-153 em Goiânia. Os membros foram encontrados próximo a um rio, na cidade de Bonfinópolis (GO).

Outro recente caso de possível esquartejamento e esse, seguido de episódios macabros de canibalismo, abalou Pernambuco. Em março/abril deste ano Jorge Negromonte, Isabel Pereira e Bruna Cristina de Oliveira da Silva, foram acusados de matar, esquartejar, comer e vender alimentos na cidade de Garanhuns, fabricados com carne humana. O caso que ficou conhecido como "Os canibais de Garanhuns" chocou milhares de pessoas, deixando de cabelos em pé, quem consumia empadas, coxinhas e outros salgados pelas ruas de Garanhuns. Há depoimentos dos envolvidos no caso, sendo este http://www.youtube.com/watch?v=ymZt3n-NiQY  aquele com o que mais (ou não) podemos entender sobre o crime. O depoimento de Jorge Negromonte, que em sua explicação, mistifica tudo e encara como ritual para purificação das vítimas.

Entre tantos casos, famosos ou nem tanto, os esquartejamentos não são tão raros no Brasil, tampouco no mundo, sendo noticiados inúmeros casos em que, malas ou sacos plásticos servem de esconderijo e para 'desova' de partes de corpos. 

Os tais sacos, fazem-me lembrar o enigmático personagem serial killer Dexter Morgan, que após escolher cuidadosamente suas vítimas, fazendo justiça com as próprias mãos, colocam-nas em sacos plásticos aos pedaços e atira-as ao mar, na corrente do Golfo Pérsico. Dizem que a arte imita a vida!!!

E para finalizar nosso macabro post de hoje, relembremos um dos mais famosos casos de crime com ocultação de cadáver e quase esquartejamento, que ficou conhecido como "O crime da mala".

Em 1928 o casal Giuseppe Pistone e Maria Mercedes Fea foi separado pela morte. Maria Mercedes foi sufocada por Giuseppe com o próprio travesseiro após uma discussão. Vendo a esposa morta e sem saber ao certo o que fazer ao cadáver, Pistone decide ocultá-lo numa mala e despachar para a França. 

Ao deparar-se com o tamanho da esposa e da mala, serrilha suas articulações com uma navalha e quebra-lhe o pescoço, de modo que as articulações se dobrem de forma a caber na mala.

Ao despachá-la, 3 a 4 dias depois, a mala é jogada no convés do navio no Porto de Santos, e com o impacto,  abre-se uma fresta por onde exala forte mau cheiro. Ao ser aberta a mala para averiguação, o cadáver de Maria Fea é encontrado em avançada putrefação. Junto ao corpo, coubera ainda na mala, roupas de Maria, a navalha e uma criança, que estimava-se estar no sexto mês de gestação.

Segundo informações, a mala está no Museu do Crime, no Museu da Polícia Civil situado dentro do Campus da USP-Butantã em São Paulo. Já tive a oportunidade de ver... uma mala, que segundo informações é a mesma que 'abrigou' Maria Mercedez e dentro dela, a réplica do corpo.