quarta-feira, 2 de abril de 2014

Leu na veja azar é seu, MESMO!

LEU NA VEJA AZAR É SEU MESMO:

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Refuto algumas palavras de Reinaldo Azevedo comparando o que ele diz ser ultrajante e tráfico de seres humanos. Cito:
"Já são 11.400 os cubanos que aqui trabalham nas condições que conhecemos: seus familiares não os acompanham; o salário é repassado ao governo, que transfere apenas uma pequena parcela aos profissionais, que estão impedidos de deixar o programa porque não têm autorização para exercer a medicina fora dele. Cada um recebe hoje apena  US$ 400. Generosa, Dilma quer que seu amiguinho Raúl Castro eleve esse valor para US$ 1 mil." (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/cnbb/).

Gostaria de saber qual é a diferença dessas condições de trabalho, com as condições de trabalho de grande parte da classe trabalhadora brasileira? Segundo Azevedo,cubanos são vítimas do crime de tráfico de seres humanos e digo, que, se assim for, nós brasileiros também o somos:
1 - Tal como cubanos, grande parte da classe trabalhadora brasileira aqui trabalham e suas famílias não os acompanham. Extensas jornadas de trabalho efetivado no setor em que se trabalha, mais uma outra jornada no translado até chegar em casa, não tem como a família acompanhar né??
2 - Tal como no caso dos cubanos - que Azevedo argumenta - O salário é repassado ao governo! Conhece impostos Reinaldo?! E o mais triste, o salário que repasso para o governo, que, deveria ser devolvido em benefícios/direitos, não o é!
3 - Tal como cubanos, nós trabalhadores brasileiros não podemos deixar o programa! Afinal, vivemos neste modo de produção que não nos permite deixá-lo. Tal como os cubanos, que argumentas de certo modo estarem cativos a exercer a profissão aqui, somos também cativos, tendo em vista que se nos negarmos, faltará-nos o pão.
4 - Tal como observa nos cubanos, um salário mixa, nós também, classe trabalhadora brasileira, recebemos hoje (grande maioria, por aquela extensa jornada de trabalho e translado) R$ 724,00 ou pouco mais!

A impressão que a mim fica é que, se considerar sua insana comparação, cubanos, brasileiros e toda a classe trabalhadora é vítima de crime de tráfico de seres humanos. Não, vítimas de um partido ou de um acordo entre países. Vítimas do capital.

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